Peripécias de uma jornalista bancária
Jornalista disfarçada de bancária. A esta altura, talvez o inverso. Longe das câmeras, das redações, dos estúdios, das pautas...Um espaço para diminuir a frustação de não ter levado a diante uma profissão tão bonita como a de Jornalista.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Sinto muito (literalmente)
Eu sou uma pessoinha que gosta de falar sobre sentimentos. Bem, eu não diria tanto "falar", mas eu sempre dou um jeito de as pessoas saberem o quanto são queridas e importantes para mim. Acho que isso faz bem a elas e a mim. Tem gente que se arrepende quando alguém morre: "eu devia ter dito o quanto gostava dele ou dela". Eu não imagino isso acontecendo comigo. Se eu gosto, eu demonstro e digo, repito, escrevo (PRINCIPALMENTE ESCREVO – hehehe). E também estimulo outras pessoas a fazerem o mesmo. Afinal, é tão bom a gente ouvir palavras de carinho e amor. Eu adoro. Alguém aí que não gosta? Acho difícil! Mas o que me trouxe aqui de volta, depois de um tempão sem escrever, foi a percepção da intensidade dos meus sentimentos. Percebo que, de uma forma geral, para mim, as emoções são sempre muito fortes. Se alguém me fizer um pequeno agrado, me traz uma alegria enorme. Quem me conhece mais de perto sabe disso. Ao mesmo tempo, se uma pessoa me faz um mal bem pequenininho, o meu sofrimento tem uma proporção gigante. Sentimentos bem intensos mesmo, que me fazem ir da alegria à tristeza profunda num piscar de olhos, num estalo dos dedos. Minha raiva, embora sempre passageira, também costuma ser bem forte, apesar de não ser esse o sentimento dentro de mim hoje. O sentimento é outro.
Enfim, o importante é que eu sou, sem sombra de dúvidas, uma pessoa muito feliz e abençoada, de verdade. A parte chata, no entanto, é que isso não me torna menos chorona...
sábado, 20 de abril de 2013
Decisões de uma vida de adulta
Estou diante de uma ponte, daquelas velhinhas, de pedaços de madeira mal conectados, precisando atravessar, mas com um medo tremendo do que está do lado de lá. O final da ponte eu nem enxergo. Não sei se é seguro. Não sei se vai me deixar mais feliz, ou mais triste. Todo mundo torce para que eu chegue do outro lado. Acreditam em mim. E isso me motiva a seguir à diante, sem medo, sem receios, mas com confiança, primeiramente em Deus, claro, mas também no que eu sou capaz de fazer e até onde eu posso ir. O que está do outro lado pode pertencer a mim, mas também pode não pertencer. E não está fácil pagar caro para ver. Acreditem. Eu tenho asas para voar longe. Tenho certeza disso. Mas essas asas são pesadas e dificultam a decolagem. Na verdade, queria mesmo poder voar de férias, como programei há alguns meses atrás. Descansar, visitar minha amiga Paty em Nova York, fazer compras em Miami, curtir uma prainha em South Beach. Mas, se fizer isso agora e deixar de lado a ponte que está à minha frente, vou carregar na minha mala de férias muito mais do que compritchas americanas. Vou carregar a culpa e o arrependimento por não ter, ao menos, tentado chegar lá.
sexta-feira, 1 de março de 2013
Paz e Amor
Sentimentos tão lindos que, quando postos juntos, nos remetem ao estilo hippie de ser. A expressão, tão usada na década de 60, é, sem dúvida, imortal. O amor traz paz e vice versa. Andam sempre juntos. Tem coisa melhor do que sentir paz? Paz consigo mesmo, com o mundo, com as pessoas que participam da nossa vida. É o melhor sentimento que alguém pode experimentar, sem dúvida. Paixão? A princípio pode parecer a mola propulsora de tudo. Mas, no fundo, é um sentimento que não traz paz pra ninguém. Pelo contrário. Tira a gente do prumo. Deixa a gente sem rumo. Paixão caminha lado a lado com o medo. Medo de perder. Medo de morrer. Medo de sofrer. Talvez paixão e sofrimento sejam parceiros de caminhada. Paixão é passageira e normalmente perturbadora. Arrasa a vida da gente em fração de segundos. O amor não. O amor constrói. O amor nos fortalece. O amor nos ensina. O amor nos guia. Ao contrário do que dizem, o amor não é morno, monótono e sem grandes emoções. Com amor as coisas acontecem sim, no seu ritmo, claro. Não tem corre-corre, Deus nos acuda, ou fim do mundo que abale. Vendo por esse lado, aliás, SENTINDO POR ESSE LADO, a expressão nem parece tão clichê assim, não é mesmo?
sábado, 22 de dezembro de 2012
2013: um pouco menos...
É a última página do calendário. E os ponteiros, mais do que nunca, acusam: o tempo voaaaaaaa. Parece que o mundo está girando mais rápido. E a sensação que tenho é que estamos mais apressados para acompanhar a girada do globo. No meio do caos que vivemos, com a ansiedade à tira colo, queremos ser mais velozes, mais produtivos, mais antenados, mais sociáveis, mais bonitos, mais malhados, mais inteligentes, mais queridos, mais, mais, mais...sempre mais! Um eterno descontentamento. Uma eterna busca por algo que represente um degrau a mais na subida pro “final feliz”. Pois eu vou começar o meu ano novo de uma forma diferente. Vou pedir um pouco menos: um pouco menos de desperdício; um pouco menos de trabalho exaustivo, um pouco menos de desencontros, menos fofocas, menos gente sem noção, menos imposto de renda, menos riso forçado, menos falta de atitude, menos saudade, menos mal humor, menos estresse, menos quilos a mais, menos doenças, menos pobreza no mundo, menos desgraças, menos carros na rua, menos pessimismo, menos ciúmes, menos hipocrisia, menos contas pra pagar, menos medo de mudanças, menos ausências em reuniões de família, menos preguiça pra arrumar o armário, menos pressa, menos, menos, menos...Sem expectativas de ter-que-fazer-tudo-perfeito e/ou tudo que queremos (e não o que precisamos). Um bom ano novo pra mim. Um bom ano novo pra todos nós. Porque a gente merece ser feliz e recomeçar sempre.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Enquanto a inspiração não vem...
Depois de alguns meses sem dar o ar da graça por aqui e, após uma cobrança da minha irmã [talvez uma das poucas leitoras que ainda me restam], cá estou eu para tirar o mofo aparentemente ‘pra-sempre-instalado’ do meu blog. Por várias vezes tive a intenção de parar para escrever, mas admito que a preguiça [por mais que eu deteste esta palavra] tomou conta de mim. Não tanto do meu EU físico, mas principalmente do meu EU mental/emocional. Aquele EU que exige que a gente concatene as ideias, dê lógica às coisas, construa argumentos, defenda ideias. É muito mais fácil escrever empurrada [contaminada] pela tristeza ou por qualquer outro sentimento que me incomode profundamente [frustração, raiva, ciúmes, estresse, perdas] que, no final das contas, deságuam no mesmo [fundo do] poço, não é mesmo? Quando tudo vai ‘muito bem – obrigada’ a inspiração vai pro beleleu. Pelo menos é assim que acontece comigo. Então, queridos leitores, para não deixar esse espaço assim, tão abandonado, trago um textinho de Fernanda Mello que resume o meu “jeito leve de ser” dos últimos meses: "Não quero levar dessa vida uma lembrança que inclui cara feia, trânsito infernal, buzina, palavrão, correria e uma pressa desvairada. Não, não quero. Não quero faltar aniversários, encontros com amigos, esquecer abraços, me faltar como pessoa por pura falta de tempo. Quero levar, como lembranças, todas as coisas simples que eu considero essenciais: amores. Risos. Beijos. Abraços. Alegrias. Realizações. Palavras. E aquele sentimento de que não vivemos e, sim, desfrutamos a vida. É. Para DESFRUTAR, não existe pressa".
terça-feira, 17 de abril de 2012
'Mais ou menos', 'quase' e 'não sei': parentada sem futuro
Essa semana, li no Facebook de uma amiga, Marianna Cysneiros, um pensamento bem interessante, que me inspirou a escrever um pouquinho sobre ele. Ela escreveu o seguinte: “O ‘mais ou menos’ é irmão do ‘quase’. Essa família realmente me incomoda.”. Quando li, além de concordar de cara com ela, logo me veio em mente outra expressão detestável por quem costuma saber exatamente o que quer: o ‘não sei’. Devem ser todos parentes, filhos de pais desnaturados. Quem me conhece um pouquinho, seja pessoalmente, ou através do que escrevo, sabe que eu defendo a ideia de viver intensamente e inteiramente qualquer situação. Seja um novo trabalho, uma viagem pra um lugar desconhecido, uma nova amizade, um novo amor...Enfim, não há espaço pro ‘mais ou menos’ quando o assunto é viver. Quem vive à margem do ‘quase’, provavelmente nunca está satisfeito. Porque quase chegou a algum lugar. Porque quase realizou aquele sonho. Porque quase significa apenas um esboço do que poderia ser um Best Seller de vida. E o ‘não sei’? Genteeeee, tem coisa pior do que o ‘não sei’? Não estou dizendo que todo mundo tem que sair por aí sabendo de tudo (ou pensando que sabe). Ou ter a resposta rápida pra qualquer pergunta ou a solução imediata pra qualquer dificuldade. Não falo de conteúdo, de estudo, de cultura, mas de decisões. O ‘não sei’ significa exatamente não aceitar e não abandonar qualquer possibilidade, porque simplesmente não houve comprometimento com nada. Nem foi sim, nem foi não. Apenas ‘não sei’. E muita gente vai levando os dias assim, sem acordar para a vida, sem assumir responsabilidades, sem tomar decisões, sem confiar nas pessoas, sem se entregar a nada, sem perdoar, sem se comprometer, sem SER.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Agora vai.
Há dias tenho sentido vontade de escrever. Mas toda vez eu começo e, depois de algumas palavras, me perco pelo meio do texto, sem chegar à conclusão alguma. Então hoje eu resolvi que vou escrever e postar aqui de todo jeito [quero neeeem saber], porque afinal de contas, esse espaço aqui é meu; eu escrevo o que eu quiser, como quiser e ninguém vai notar se, em algum momento, eu me perder nas minhas próprias linhas ou deixar uma ideia sem conclusão. Eu não escrevo por obrigação, trabalho ou contas a prestar, mas simplesmente porque foi assim que aprendi a me compreender melhor, colocar pra fora o que eu não entendo bem [e busco constantemente compreensão/explicação] ou tão somente para compartilhar quando eu estou feliz e de bem com a vida. Na verdade, é mais comum eu escrever quando estou triste, quando algo se encontra suficientemente chato na minha cabeça, ou no meu coração, que se torna impossível não jogar para fora. Como se escrever, nesses momentos, fosse sinônimo de jogar-fora-no-lixo e dar espaço para boas novas. Mas hoje não tem nada atazanando o meu juízo, nada inconvenientemente chato acontecendo comigo, nada que me permita reclamar da vida e desejar que as coisas fossem diferentes. Nadica de nada. Pelo contrário: hoje eu só tenho a agradecer à Deus pelos coisas boas que tem acontecido pra mim e desejar que, todas os meus amigos queridos, possam, assim como eu, começar o ano [porque pra quase todo mundo, o ano começou agora] renovando as esperanças, os desejos e a vontade de trilhar os caminhos certos.
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