terça-feira, 28 de outubro de 2008

Bons sonhos

Sonhos. Frutos da minha vasta imaginação. Reflexos da minha clara ansiedade. O fato é que minha mente anda beeeeeem fértil ultimamente — com o melhor e o pior que isto possa significar. Fantasio demais, espero demais. Este, aliás, tem sido o meu hobby predileto, o que me transforma em uma otimista de plantão. O ruim é que quando espero só coisas boas, e as situações fogem do meu controle, dói demais. Mas o bom é que, na mesma medida em que meu otimismo pode me pregar peças, ele me ajuda a criar situações mirabolantes, momentos perfeitos em que eu, quando penso neles, me sinto a mais feliz das criaturas, claro, se acontecer isso, ou aquilo, da forma como eu projeto.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Mentira branca

Minha irmã já tocou na asa de um avião. E não falo de uma avião estacionado no pátio do aeroporto. A história é a seguinte: estava ela debruçada sobre a janela do quarto, no 14º andar, quando passou um avião da Esquadrilha da Fumaça. O avião passou tão próximo da nossa janela, que ela esticou a mão direita e tocou no danado. Ela jura que é pura verdade. Não acreditam?

É, talvez tenhamos motivos pra isso. Mentimos muito mais do que deveríamos no nosso dia-dia do. E repare, a maioria são por regras de convívio social.

Mentira é o bom dia que damos no elevador quando na verdade o mal humor está atacando pesado. Ou quando colocamos "ausente" no msn, estando lá, só pra não ter que falar com um milhão e meio de pessoas. Ou arrumar o quarto somente porque vamos receber visita. Ou fazer escova/chapinha no cabelo pra ir pra tudo quanto é night pra pagar que tem o cabelo liso. E também quando deixamos de atender uma chamada no celular indesejada. Quando elogiamos algo que achamos feio só pra não entristecer o outro. Também quando dizemos que estamos cansados pra não soltar o velho e pesado "não tô a fim". Quando sorrimos sem vontade. Quando dizemos "não estou numa fase para namorar", mas na verdade queremos dizer que não gostamos o suficiente pra isso. Ainda quando a gente é cobrado por alguma coisa que já deveria estar concluída e a gente diz:- já fiz. E corre para terminar no mesmo minuto. Quando dizemos "amo tu", mas não é amor de verdade.

Se ela realmente tocou na asa do avião, graças a Deus que a mão ficou. E fica também a risada, sempre que lembro dessa história.