sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Tampa da minha panela

Uma semana! Daqui há uma semana minha irmãzinha caçula sobe no altar. Pois é. Antes de mim. As vezes eu brinco dizendo que quem ri por último ri melhor. Mas a verdade é que eu gostaria de não precisar testar tantas tampas antes de achar a que encaixa penfeitamente na minha panela. Fora que as tampas por aí espalhadas não tapam nem buraco de dente. Tem tampa que foge de responsabilidade. Tem tampa galinha. Tem tampa que não sabe valorizar. Tem tampa que não acretida no amor. Tem tampa sem futuro. Tampa acomodada. Tem tampas comuns, sem graça. Tem tampa que é tanto, sabe tanto, faz tanto, que fica grande demais para a minha panela.

Dedico esse post às exigentes panelas que, assim como eu, não encaixam em qualquer tampa, e estão hoje em casa, na frente do computador, numa sexta-feira à noite. =)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Só de Sacanagem

Passei uns dias em Salvador. Treinando para ser Preposta da Caixa. Representá-la em Audiências de Conciliação. A pouca vergonha em "Habitação" está grande. Virou esculhambação. Mutuário morando de graça a 10 anos e pagando de coitadinho. Mais de 10 mil ações movidas só em Recife. Se perguntar porque entraram na justiça? - Num sei. Só sei que meu advogado disse que eu tenho dinheiro para receber da Caixa. Bando de Advogados corruptos que induzem o mutuário a brigar pelo seu próprio bolso. Furo no Tesouro Nacional. A Caixa não é mãe, mas também não é madrasta. Esse textinho aqui em baixo foi usado na abertura do treinamento. Achei tão legal que resolvi copiar aqui.

Só de Sacanagem

"Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.' Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!" (Elisa Lucinda)

sábado, 16 de agosto de 2008

Ter problema não é um problema

A vida sem problema é um problema. Estou plenamente convencida deste fato. É inevitável que ele tente nos jogar no fundo do poço e libere um eminente "não vou conseguir". Porém, a idéia passa como um relâmpago para os fortes. E caduca para os fracos. Ter problema não é um problema. Todo mundo tem problemas. E o que seria da nossa capacidade criativa se não fossem os problemas? Tem coisa melhor do que presenciar a vitória do nosso "eu-presente" em cima do nosso "eu-passado"? Quanto mais teimamos em aceitar os desafios que a vida nos oferece, mais ela se torna inteira e emocionante. A sensação de levantar depois de uma queda é como ganhar medalha de ouro nas Olimpíadas. Indescritível.
Quando eu era criança treinava natação. No início, passava pouco mais de um minuto sem respirar embaixo d'água. Parecia que morreria se ficasse mais um pouco. Exercitando meu fôlego, aprendi que, até quando parece que o nosso ar acabou, a gente ainda consegue "respirar" um bocado. Cheguei aos dois minutos rapidinho. O restinho de ar que enche nossos pulmões é a força que nos impulsiona para a direção contrária a do poço. E assim a gente sobe.
Já existe o "comércio do problema". Ainda não vi ninguém vedendo problema. Será que dá dinheiro? Já o comércio das soluções, com fórmulas de auto-estima está cada vez maior. Nada contra fazer terapia, auto-avaliação. Mas eu prefiro Passarinho, meu professor de natação.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pecado da Gula

Quem nunca se arrependeu, atire a primeira pedra. É fato! Se arrepender é sinal de decisão errada. PERDA! É consequencia da precipitação, imprudência ou, simplesmente, falta de conhecimento sobre o assunto. Normalmente é derivado da escolha pelo caminho mais fácil e não o mais correto. É sentimento de quem foi levado pela circustância, de quem tem medo de riscos ou dos indecisos. A sensação é sempre ruim, apesar da demonstração de caráter e auto-crítica de quem se arrepende. Eu já me arrependi 1.000.000 vezes e vou continuar me arrependendo.

Arrependimento de hoje: Pecado da Gula. A fatia gigante de bolo de chocolate que eu comi na sobremesa. DESNECESSÁRIO =)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Morte vida

Qualquer porcaria pode virar arte. Depois de morto, velado e sepultado, tudo quanto é artista fica famoso. Não ganha dinheiro, porque não existe conexão com a outra vida. Senão, seria morto resurgindo das cinzas e vivo se passando por morto.
Então, resolvi que hoje eu morri. Calma, tô longe de ser alguém que pularia pela janela. Só matei a sujeira da minha alma. Matei tudo que diminui os meus 1 metro e 65 centímetros de altura. Matei tudo que atormenta o meu juízo, tudo que desperta sentimento ruim. Matei toda a maldade do meu coração. Todo o mal que eu desejo a quem me fez mal. Matei todo o meu estresse. Matei qualquer irritabilidade. E assim, depois desta série de assassinatos, que me transforma numa serial killer que age contra si mesma (ou a favor), ganho a liberdade, ganho a vida, ganho a sorte, ganho o amor.