terça-feira, 17 de abril de 2012

'Mais ou menos', 'quase' e 'não sei': parentada sem futuro

Essa semana, li no Facebook de uma amiga, Marianna Cysneiros, um pensamento bem interessante, que me inspirou a escrever um pouquinho sobre ele. Ela escreveu o seguinte: “O ‘mais ou menos’ é irmão do ‘quase’. Essa família realmente me incomoda.”. Quando li, além de concordar de cara com ela, logo me veio em mente outra expressão detestável por quem costuma saber exatamente o que quer: o ‘não sei’. Devem ser todos parentes, filhos de pais desnaturados. Quem me conhece um pouquinho, seja pessoalmente, ou através do que escrevo, sabe que eu defendo a ideia de viver intensamente e inteiramente qualquer situação. Seja um novo trabalho, uma viagem pra um lugar desconhecido, uma nova amizade, um novo amor...Enfim, não há espaço pro ‘mais ou menos’ quando o assunto é viver. Quem vive à margem do ‘quase’, provavelmente nunca está satisfeito. Porque quase chegou a algum lugar. Porque quase realizou aquele sonho. Porque quase significa apenas um esboço do que poderia ser um Best Seller de vida. E o ‘não sei’? Genteeeee, tem coisa pior do que o ‘não sei’? Não estou dizendo que todo mundo tem que sair por aí sabendo de tudo (ou pensando que sabe). Ou ter a resposta rápida pra qualquer pergunta ou a solução imediata pra qualquer dificuldade. Não falo de conteúdo, de estudo, de cultura, mas de decisões. O ‘não sei’ significa exatamente não aceitar e não abandonar qualquer possibilidade, porque simplesmente não houve comprometimento com nada. Nem foi sim, nem foi não. Apenas ‘não sei’. E muita gente vai levando os dias assim, sem acordar para a vida, sem assumir responsabilidades, sem tomar decisões, sem confiar nas pessoas, sem se entregar a nada, sem perdoar, sem se comprometer, sem SER.