segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Razão x Emoção

Dividida entre a razão e a emoção. É como se do lado direito tivesse a personificação do 2 + 2 são quatro, da distância, da saudade, do apego desnecessário, dos recursos investidos, do tempo perdido. Do lado esquerdo está a matemática não compreendida, o sonho, o momento, a crença, o desejo, a saudade. Uma vez me disseram que quando fazemos perguntas para nós mesmos o nosso inconsciente vai atrás da resposta, de alguma forma. Então não me canso de me perguntar. O que fazer, Ó Deus!?!?!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Minha meta sou eu

Sempre que o fim do ano se aproxima eu começo a formular na minha mente tudo que eu quero que mude no ano novo que se aproxima. Primeiro de tudo eu quero me alimentar melhor. Quero comer 6 vezes ao dia, digerir a salada e diminuir a quantidade de doce. Quero também melhorar meu rítmo nos exercícios. Correr 5 Km sem a sensação de que vou passar mal. Beber menos e dançar mais. Quero ser menos boba. Acreditar menos nas pessoas e controlar melhor minhas vontades. Quero menos ansiedade; mais tempo; mais orgulho, mais sorrisos e menos dúvidas. Quero menos rancor e mais amor. Ou estarei apenas adiando a subida dos degraus que me levam ao céu.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mal entendido

É engraçado, e ao mesmo tempo trágico, as diversas interpretações que as pessoas podem dar a um mesmo fato. A distorção de interpreção causa mal entendido, que, se não esclarecido rapidamente, vira uma bola de neve disposta a destruir as mais belas paisagens. Procuramos sentido para as palavras, ou para a falta delas. Buscamos em nosso interior qualquer referência passada que nos lembre o momento presente. Atrelado a pesquisa que o nosso subconsciente faz, está o nosso estado de espírito, que pode ser de impaciência, paixão, raiva, estresse, enfim, ele é o grande responsável, normalmente, pelos desvios da mensagem. Tudo ganha uma dimensão maior quando não estamos receptíveis aos estímulos não desejados. E, fatalmente, cometemos erros, que por sua vez são mal interpretados e causam reações equivocadas. Complicado, né? Mas quem disse que seria fácil?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Santa quarta-feira ingrata

Hoje deu uma vontade louca de comer doce. Para quem não sabe, às quartas-feiras eu fico enclausurada no meu quarto, sem poder ir até a sala, cozinha, ou qualquer outro cômodo da casa. Eu fico escondidinha porque na sala acontece a reunião semanal dos véios da minha Igreja, que eu não faço a menor questão de participar. Mas se me vêem em casa, e percebem o meu desinteresse em fazer parte do grupo – pronto - eu caio na boca do povo e reforço o meu rótulo de 'Ovelha Negra' da família. Antigamente as reuniões eram nas quintas, e eu achava mais fácil arrumar uma programação paralela que me tirasse de casa. Quinta é sempre melhor que quarta, não é mesmo? Outro dia, fui dar uma corrida no calçadão, como de costume; cuspi o pulmão para fora e derreti de tanto suor. Para não sujar o banco do meu carro, tirei a camiseta e fiquei só de topinho. Não é que esqueci que era quarta-feira e subi balançando a blusinha na mão, exibindo meu umbiguinho para toda a nata da minha Igreja? Fiquei roxa de vergonha. Bom, mas voltando ao doce...Fiz uma panela de brigadeiro, antes da reunião começar, pra me acompanhar nesta longa and sweet night. Ruim será a sensação de me olhar no espelho amanhã e me sentir a mais nova integrante da Fat Family. Mas tudo bem. Tudo vale a pena se a alma não é pequena e se o estômago for grande, assim como o meu =)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Muita calma nessa hora

Há tempo para tudo e as respostas não existem separadas das perguntas. Não adianta colocar a carroça na frente dos bois. Não adianta passar horas planejando o próximo passo, prever situações, construir idéias mirabolantes. Não adianta. A vida tem sempre razão. É preciso relaxar e deixar que as coisas se encaixem. É preciso tirar o pé do acelerador e desligar a ansiedade para enxergar com mais clareza. E, quando a gente menos espera, os nossos amigos quadruplicam; o nosso contra-cheque triplica; a disposição duplica e o nosso coração é doado, como um presentinho de Natal que nunca foi pendurado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Romantismo em baixa

Imaginem a cena linda de um casal dando um beijo em plena noite de chuva. A mulher, com uma perninha para trás, o homem, segurando tão firme na cintura dela e a beijando com tanta intensidade quanto a chuva que caía. Cena difícil de se ver, a não ser nos filmes que ainda conservam o romantismo de antigamente.
- Vai acabar com minha escova. Vamos sair daqui rápido.
Ou quando a mulher acaba de fazer maquiagem, coloca batom e o homem chega cheeeeio de vontade de dar um beijão.
- Vai borrar tudo. Deixa pelo menos a gente chegar na festa.
Nessas horas chego a conclusão de que o amor está sumindo do mundo. Prova disso é o fechamento dos antigos cinemas, dos passeios à cavalo, a substituição do namoro presencial pelo virtual, dos grandes músicos, poetas, por Djs, do algodão dôce por Hamburguer. É o início do fim do romantismo.
E aí eu pensei quando foi a última vez que me deitei com alguém na grama pra ver o céu, pra contar as estrelas, pra identificar figuras nos desenhos das nuves, pra filosofar sobre o Sol, o Universo, pra engatar num papo que leva nada a lugar nenhum. Tanto tempo que nem le lembro. Porque hoje em dia, das duas uma: ou a grama vai ficar pinicando nas costas, ou alguém vai mandar sair dali porque entenderá que estaríamos fazendo algo 'proibido' aos olhos dos outros.
- Tenha santa paciência, seu guarda!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Esperança

Nem sempre é o que parece ser.
Nem sempre somos quem gostaríamos de ser.
Normalmente só ouvimos o que queremos ouvir.
E falamos coisas que não deveríamos pensar, muito menos falar.
Nem sempre nossos olhos conservam a ingenuidade infantil.
Nem sempre nossos atos refletem a fragilidade do nosso ser.
Nem sempre sabemos o que pensamos,
Ou pensamos que não sabemos.
Nem sempre sentimos a intensidade desejada.
Outras vezes a intensidade é reflexo do sentimento vazio.
Mas sempre nos será permitido sonhar e ter esperança
De começar de novo, e de novo, e de novo.
E, mesmo sem os olhos de criança,
Conservamos a perna bamba, como quem está aprendendo a andar.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Morte vida!

Qualquer porcaria pode virar arte. Depois de morto, velado e sepultado, tudo quanto é artista fica famoso. Não ganha dinheiro, porque não existe conexão com a outra vida. Senão, seria morto resurgindo das cinzas e vivo se passando por morto. Então, resolvi que hoje eu morri. Calma, tô longe de ser alguém que pularia pela janela. Só matei a sujeira da minha alma. Matei tudo que diminui o meu 1 metro e 65 centímetros de altura. Matei tudo que atormenta o meu juízo, tudo que desperta sentimento ruim. Matei toda a maldade do meu coração. Todo o mal que eu desejo a quem me fez mal. Matei todo o meu estresse. Matei qualquer irritabilidade. E assim, depois desta série de assassinatos, que me transforma numa serial killer que age contra si mesma (ou a favor), ganho a liberdade, ganho a vida, ganho a sorte, ganho o amor.

terça-feira, 21 de julho de 2009

É o que é

No fim de semana assisti "Ele não está tão a fim de você". Muito bom o filme. Vale muito a pena assistir. Um elenco gigante e brilhante, com várias estórias paralelas sobre situações vividas por nós, mulheres, constantemente. E claro, faz a gente rever posturas, analisar, por outro ângulo, palavras ouvidas em algum momento de nossas vidas. Vamos lá. O filme mostra a praticidade da palavra do homem. É o que é e pronto. Quantas vezes tentamos decifrar as atitudes ou palavras dos homens quando o significado está diante da nossa cara? É o que é. Mais ou menos assim: se você conhece um cara e ele fica de te ligar e simplesmente não liga, não adianta tentar justificar com pensamentos mirabolantes do tipo...ele viajou e vai ficar muitos dias fora; ou ele tentou ligar no meu celular que devia estar fora da área de cobertura; ou ele está dando um tempo para ligar só pra me deixar esperando; ou ele é tímido, e está esperando que eu ligue. Não. Na verdade, ele não ficou tão a fim de você. O problema é que as mulheres só enxergam o que querem enxergar. Se levou um pé na bunda é porque ele não estava preparado para você. Ou porque ele não merece alguém como você e nunca, jamais, SIM-PLES-MEN-TE, porque ele não ficou tão a fim de você.
E aí me lembrei de todos os foras que já levei. De todas as palavras, ou atitudes, que tentei, e até hoje tento, distorcer a meu favor. E, cara a cara com a realidade, mesmo que do outro lado da tela, sentada no meu sofá, a vontade de alguém que já foi tão grande, vai passando.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Amizade entre homem e mulher

Amigo de mulher é cabeleireiro. O ditado tem até algum sentido. Salvo em determinadas situações, em que a amizade entre homem e mulher é completamente compreensível. Lembrei de algumas:

1) Quando é amizade de infância e ele via sua mãe colocar laçarotes gigantes na sua cabeça ou te via andando pelada no quintal de casa;
2) Quando ele é gay;
3) Quando é amigo do seu namorado ou do seu ex namorado (paquera, rolo, romance);
4) Quando é namorado ou ex namorado de suas amigas;
5) Quando ele é muito feio (pra vc) e não te provoca nenhuma atração;
6) ...

Claro que existem exceções. Mas são raras. Eu falo de amizade presencial; de ligar; de sair junto; de freqüentar a sua casa; de trocar confidências. Amigo na intimidade. E não simplesmente amigo.

Eu tenho amigOs só amigos e que nunca deixarão de ser meus amigos, simplesmente amigos.

Pronto. Falei.

sábado, 11 de julho de 2009

Meu lado negro

Eu não sei cozinhar, nem lavar, nem passar. Apesar de já ter prometido o triângulo 'casa-comida-e roupa lavada'. Sou desorganizada e levemente esquecida. Não sei assoviar. De vez em quando rôo unha. Aí fico com umas grandes e umas cotós. Esquisito mesmo. Não sei piscar com um olho só, de onde se entende que nunca usei essa artimanha para paquerar. Se usei, não foi nada sexy. Meu nariz é grande e arrebitado. Eu não tenho queixo. Mas resolvi comprar um no próximo mês ;). Meus olhos são amendoados e levemente caídos. Eu não sou alta estilo mulherão. Mas também não sou tamburete. Já tive cáries em praticamente todos os dentes de trás. Gosto de beber cerveja, apesar de dizer toda segunda-feira que vou parar de beber porque dá bucho. Sou impaciente pra caramba. Amo chocolate e tudo que for feito dele. E não adianta reclamar que como uma barra inteira no cinema. Checo pelo menos duas vezes se o alarme do celular foi ativado corretamente antes de dormir porque odeio me atrasar um minuto que seja. Amo ficar de conchinha, mas não gosto de dormir agarrada com nada. Sem falar que sou preguiçosa. Se pudesse, dormiria cedo e acordaria tarde todos os dias. Não sei dançar forró. Minhas irmãs diziam que um robô dançava melhor do que eu. Repito os mesmos pratos nos restaurantes porque não sou muito boa de boca. Sou um pouco hipocondríaca. Não posso ver sangue e nem sentir cheiro de Hospital que passo mal. Sou ansiosa. Não gosto do meu trabalho e reclamo dele quase que diariamente.Sou birrenta e chata de vez em quando. Tenho crises de ciúmes, apesar da maioria ser de brincadeira. Não gosto de esperar. Não tem coisa pior do que estar toda pronta esperando alguém que pegou no sono sem querer. Sou orgulhosa quando estou com a razão, que é quase sempre. Hehehe. Isso é só um pouquinho do meu lado negro. Mas, se ainda assim, com tudo isso, você topar, eu topo também. Porque o amor é perseverante.

domingo, 10 de maio de 2009

Amor que dispensa palavras

Hoje é dia das Mães. E quero aproveitar a ocasião pra falar um pouquinho da minha. Lembro-me de poucos momentos em que recebi um beijo ou um abraço daqueles bem apertados. Ouvi poucos elogios, com certeza e poucas palavras doces. Pra quem está lendo pode parecer esquisito, inimaginável. Como assim uma mãe que não agarra, beija e elogia até a alma mesmo o pior dos feitos? Eu compreendo, hoje, que há várias formas de expressar carinho e amor. Basta observar com mais atenção. Minha mãe troca os beijos e abraços por piadas de tirar o fôlego, por compritchas cuidadosamente escolhidas pra satisfazer nossos gostos, cá pra nós, difíceis de atender, pois cada uma gosta de uma coisa. Lívia gosta de carne seca, eu gosto de carne molhada. Eu gosto de branco. Lívia gosta de preto. Paula é mais emotiva. Eu e Lívia somos mais práticas. Ela troca os elogios cegos por palavras sinceras, que nos fazem crescer como mulheres. Ela mostra carinho quando acorda cedo pra fazer o suco de mamão com laranja no café da manhã. Quando empresta os seus sapatos mesmo sabendo que eu vou entronxar o salto com minha pisada pra fora. Quando ficava sem carro pra emprestar pra a gente. Quando se preocupa se a festa de Natal foi morgada pois quer ver todo mundo alegre. Ela esbanja cuidado e preocupação com o nosso futuro. Já me confidenciou uma vez que o sonho da vida dela é ver as filhas felizes e realizadas. Nossa casa sempre esteve em harmonia, mesmo com tantas diferenças. E eu tenho certeza que isso é feito dela.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sábio silêncio

Muitas vezes as palavras devem ser substituídas pelo silêncio. Já diz o sábio ditado: em boca fechada não entra mosca. Pura verdade. Perdi as contas de quantas vezes, impulsivamente, disse o que não deveria. Ofendi desnecessariamente. Retruquei. Falei alto. Devolvi na mesma moeda. Aprendi, então, a fazer um conveniente e inofensivo silêncio. Importante para não perder o rumo, não sair do prumo, não deixar que o outro determine minhas reações, alterando meu estado de espírito, abalando a minha paz.
Silenciar quando pensar mal de alguém. Se não tenho nada de bom pra falar da pessoa, não falo. Tá bom, tá bom, de vez em quando sai uma fofoca aqui, outra aculá (coisa de mulher) mas, até certo ponto, é compreensível e aceitável, porque é da natureza humana comentar sobre o comportamente alheio, até como forma de auto-avaliação. Mas a verdade é que tenho exercitado a difícil tarefa de evitar comentários maldosos que não acrescentam em nada, não mudam as pessoas e revelam apenas a imagem que os seus próprios espelhos refletem diariamente. E para essa árdua missão, o exercício é contar até D-E-Z e respirar fundo quantas vezes acertarem o meu saco imaginário.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Guardando quinquinharias

Conservadora desmemoriada. O título recém criado por mim mesma, pra mim mesma, é responsável por boa parte da bagunça do meu quarto, melhor dizendo, das minhas gavetas. A primeira, a direita da minha escrivaninha, está abarrotada de fotos duplicadas de uma viagem de mil novecentos e antigamente, álbuns de ex namorados, CD´s diversos, documentos do trabalho, contra-cheques de "meses sim, meses não", fotos amadoras da época do curso de fotografia. Na segunda, uma pilha de contratos de estágio que já tiveram início, meio e fim, mais algumas fotos, caderno antigo e documentos diversos. A terceira tem um monte de camisetas velhas, que eu guardo achando que um dia vou usá-las, nem que seja para correr no calçadão, mas que de fato nunca uso. Do outro lado, no gavetão, mais CDs, fitas cassetes (alguém ainda usa isso?), carregadores de celular, fios e mais fios, livros antigos. Eita, enquanto examinava a gaveta achei um livro da Biblioteca da Federal, que deveria ter sido devolvido há pelo menos 2 anos. Ui!!! A multa deve estar perto dos 4 dígitos.
Apesar de me cobrarem constantemente que eu arrume meu quarto, que eu jogue fora o que não presta mais, eu prefiro guardar algumas coisas comigo. Talvez pela pouca memória que Deus me deu e também pela coinsciência de que o meu passado fez de mim o que eu sou hoje. Eu sou a soma de todos os momentos que me trouxeram até aqui.
Por isso guardo minhas "quinquinharias", num local onde eu possa sempre lembrar de quando eu tinha meus 15 anos, meus 15 anos meio, meus 16, 17, 23, 25...