segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Guardando quinquinharias

Conservadora desmemoriada. O título recém criado por mim mesma, pra mim mesma, é responsável por boa parte da bagunça do meu quarto, melhor dizendo, das minhas gavetas. A primeira, a direita da minha escrivaninha, está abarrotada de fotos duplicadas de uma viagem de mil novecentos e antigamente, álbuns de ex namorados, CD´s diversos, documentos do trabalho, contra-cheques de "meses sim, meses não", fotos amadoras da época do curso de fotografia. Na segunda, uma pilha de contratos de estágio que já tiveram início, meio e fim, mais algumas fotos, caderno antigo e documentos diversos. A terceira tem um monte de camisetas velhas, que eu guardo achando que um dia vou usá-las, nem que seja para correr no calçadão, mas que de fato nunca uso. Do outro lado, no gavetão, mais CDs, fitas cassetes (alguém ainda usa isso?), carregadores de celular, fios e mais fios, livros antigos. Eita, enquanto examinava a gaveta achei um livro da Biblioteca da Federal, que deveria ter sido devolvido há pelo menos 2 anos. Ui!!! A multa deve estar perto dos 4 dígitos.
Apesar de me cobrarem constantemente que eu arrume meu quarto, que eu jogue fora o que não presta mais, eu prefiro guardar algumas coisas comigo. Talvez pela pouca memória que Deus me deu e também pela coinsciência de que o meu passado fez de mim o que eu sou hoje. Eu sou a soma de todos os momentos que me trouxeram até aqui.
Por isso guardo minhas "quinquinharias", num local onde eu possa sempre lembrar de quando eu tinha meus 15 anos, meus 15 anos meio, meus 16, 17, 23, 25...

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