sábado, 20 de abril de 2013

Decisões de uma vida de adulta

Estou diante de uma ponte, daquelas velhinhas, de pedaços de madeira mal conectados, precisando atravessar, mas com um medo tremendo do que está do lado de lá. O final da ponte eu nem enxergo. Não sei se é seguro. Não sei se vai me deixar mais feliz, ou mais triste. Todo mundo torce para que eu chegue do outro lado. Acreditam em mim. E isso me motiva a seguir à diante, sem medo, sem receios, mas com confiança, primeiramente em Deus, claro, mas também no que eu sou capaz de fazer e até onde eu posso ir. O que está do outro lado pode pertencer a mim, mas também pode não pertencer. E não está fácil pagar caro para ver. Acreditem. Eu tenho asas para voar longe. Tenho certeza disso. Mas essas asas são pesadas e dificultam a decolagem. Na verdade, queria mesmo poder voar de férias, como programei há alguns meses atrás. Descansar, visitar minha amiga Paty em Nova York, fazer compras em Miami, curtir uma prainha em South Beach. Mas, se fizer isso agora e deixar de lado a ponte que está à minha frente, vou carregar na minha mala de férias muito mais do que compritchas americanas. Vou carregar a culpa e o arrependimento por não ter, ao menos, tentado chegar lá.

Um comentário:

Anônimo disse...

"...Everyday like a mardi gras, everybody party all day
No work all play, okay (...) Miami the city that keeps the roof blazin!"

Mesmo diante da adoração mundial ao império do consumo, uma grande tentação Érica superou!
Consideremos esse apenas mais um degrau de sua escalada evolutiva, mantendo sempre em mente que deves treinar a si mesma a deixar partir tudo que teme perder.

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