segunda-feira, 30 de junho de 2008

Amigos que vão e vêm

Amizade deve ter uma base sólida. E contruir essa base requer dedicação, abnegação muitas vezes. Pensei nisso no fim de semana. Acho que foi porque vi no orkut - sempre vendo no orkut - de uma das minhas melhores amigas de infância, fotos do seu casamento. Como assim se eu nem sabia que ela se casaria!?!?!
O nome dela é Emília, e como tantas outras emílias que passaram na minha vida, foi minha super-melhor amiga-de-infância-momentânea. Daquelas que eu ligava todos os dias, sabia todos os seus segredos e vice-versa, que já dividiu a cama comigo inúmeras vezes, que me acompanhava nas brincadeiras mais retardadas do mundo, como “Borogodes e Liviana Blades”, aquela que era minha parceira na lambada de Beto Barbosa, aquela que estudava comigo, ria comigo, enfim, muita coisa boa. Mas por que será que as pessoas se afastam tanto ao ponto de nem saberem do casamento do melhor amigo?
Não tenho uma resposta concreta para a minha pergunta. Gosto muito de Emília, mas não soube construir bases sólidas pra algumas amizades que fiz ao longo dos meus quase 26 anos. Deixei que escapassem. Simplesmente não dediquei tempo para cultivá-las. Hoje eu percebo a importância de ligar para um amigo pra saber como ele está, se precisa de mim, se chegou bem em casa, se quer tomar uma cerveja, se me acompanha ao shopping, se prefere isso ou aquilo. Devo ter passado muito tempo sem saber ser amiga de verdade. A culpa pode não ter sido só minha, mas uma coisa é certa: quero fazer diferente com todos os meus novos-melhores-amigos-NÃO-momentâneos. E que nas fotos de casamento de todos eles, eu esteja lá, congelada nessa parte da história.

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